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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Suavização de leis que regulamentam o porte de facas no Arizona resulta em debate entre juristas nos Estados Unidos

The New York Times | 09/12/2010 08:02

O Arizona costumava ser um verdadeiro pesadelo para quem portava ou colecionava facas, com um emaranhado de leis locais que forçavam aqueles inclinados a usar facas ou outros objetos pontiagudos no cinto a caminhar com cuidado ao seguir de Phoenix (onde é proibido o uso de facas, exceto canivetes) para Tempe (onde se proíbe o uso de facas em geral) e Tucson (proibido o uso de facas nas bibliotecas).

Mas isso mudou no início deste ano, quando o Arizona unificou sua lei que regulamenta o uso de facas. E agora, por causa das restrições locais, o Arizona é agora considerado o lugar dos sonhos para um portador de facas, onde tudo é permitido - de uma espada samurai a um canivete.

A transformação do Arizona e o recente fim da proibição de canivetes, estiletes e adagas em New Hampshire deu nova vida ao lobby dos direitos dos portadores de facas, o primo pouco conhecido do politicamente mais potente movimento pelos direitos dos portadores de armas. Sua visão é uma América que aceite o uso das facas e onde as lâminas não sejam vistas como algo ameaçador, mas como ferramentas – o equivalente a uma chave de fenda afiada – que servem a propósitos úteis e podem salvar vidas, tanto quanto tirá-las.

Claro, brigas e ataques de faca são uma preocupação. Nenhum aficionado por facas negaria isso. Na verdade, Todd Rathner, o lobista dos direitos dos portadores de facas, um grupo de defesa baseado no Arizona que está agora em seu terceiro ano, foi assaltado duas vezes em Nova York antes de se mudar para Tucson, uma vez - "ironicamente", disse ele – sob a mira de uma faca.

Mas o problema é o portador da faca e não a faca em si, diz o grupo, algo que soa muito parecido com aqueles que defendem os direitos do porte de armas de fogo.

Entusiastas

Na verdade, os defensores do porte de facas alegam que a Segunda Emenda aplica-se às facas tanto quanto às armas de fogo. Eles concentram seus argumentos em outros lugares, porém, enfatizando que as facas têm muitos papéis benéficos, do corte do peru de Ação de Graças ao fato de que elas não merecem a má fama que muitas vezes têm.

Mas em grande parte do país, especialmente em áreas urbanas, as facas ainda são vistas como armas que precisam ser controladas.

O promotor Cyrus R. Vance Jr., de Manhattan, anunciou em junho que seu escritório havia pressionado lojas que estavam vendendo facas ilegalmente para removê-las de suas prateleiras, abrir mão dos lucros das facas conseguidos ao longo dos últimos quatro anos e ajudar a financiar uma campanha para educar as pessoas sobre o seu uso. "O que torna essas facas tão perigosa é a facilidade com que podem ser escondidas e brandidas", alertou Vance.

*Por Marc Lacey

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